SAUDADE

(Sócrates Di Lima)

A chuva "ba"te la fora,

Querendo entrar pela vidraça.,

É a saudade que ela traz agora,

Gotas de chuva viva que não se disfarça.

Como se querendo me alcançar,

Em voz silenciosa, a chuva me chama la fora.,

Se pela janela não consegue passar,

Eu vou lá, me banhar, meu coração implora.

Mesmo que o frio arrepie minha pele,

Não me curvarei aquela vontade.,

Sou mais eu, minha vontade, o arrepio repele,

E vou me lambuzar nesta saudade.

Que me inunde o corpo a água da chuva,

Que me afogue se eu merecer.,

É água que não tem a cor turva,

De cristalina, aguça o meu querer.

E correndo me lanço numa perigosa escada,

Não me importa o que pode acontecer.,

Me importa é a"b"raçar a chuva como se fosse minha namorada,

E nos braços dela, fazer o amor acontecer.

Assim, esta chuva não será tão fria,

Nela está o calor e a ternura do meu "b"em querer.,

Que me importa se é noite ou dia,

O que eu quero é nos braços de "Ba" me perder.

E nesta manhã que a chuva me chama,

Para dançar com ela, a melodia da saudade.,

Eu vou, não hesito, nada apagará esta chama,

Pois, nela está, o colorido vivo da felicidade.

E, minha alma sabe, que o dia apenas começou,

Meu coração sabe, que todos os sons desta cidade.,

Trazem o som da beleza que o amor me renovou,

O som da chuva, que só o meu coração faz ouvir esta saudade.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 07/12/2009
Reeditado em 14/08/2010
Código do texto: T1964649
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