CORAÇÃO

(Sócrates Di Lima)

Tenho um coração defeituoso,

Tão grande e tão meloso.,

Tenho um coração de porta aberta,

Um coração sem seta.

Sem sinais vitais,

Adormecido pela saudade,

Que insiste nos seus rituais,

Presença, ausência, vontade.

Tenho um coração ocupado,

Quem habita é meu amor.,

Diuturnamente lotado,

Ele a ama com todo ardor.

Meu coração não tem jeito,

Desafiante, um verdadeiro suicida.,

Reina absoluto no meu peito,

Manda e desmanda na minha vida.

Meu coração tem dona,

Não haverá substituição.,

O desejo pega carona,

No seu sangue que é só tesão.

Meu coração se acha perfeito,

Se acha capaz de tudo.,

Mas, na verdade, é imperfeito,

Vangloria-se do absurdo.

Mas, no fundo, é um bom coração,

Ama essa mulher Basilissa, de um jeito que dá dó.,

E se não conseguir controlar sua emoção,

Qualquer dia, de tanto amar vira pó.

(Escrito em 24/11/09 as 16h00 - Registrada)

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 24/11/2009
Reeditado em 14/08/2010
Código do texto: T1941811
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.