QUASE MEIA NOITE

Com os cinco sentidos,

Distorcidos pelo cansaço,

Não tenho TATO!

Meto os pés pelas mãos,

E nada de bom eu faço.

Só estrago!

A VISÃO turva pelas lágrimas,

Lavam o meu rosto,

Salgam o PALADAR,

Queimam a minha boca.

Que transtorno!

A AUDIÇÃO percebe a música do vento,

Realçada pelo silêncio de quase meia noite,

E eu me envolvo...

O OLFATO capta o perfume suave,

Armazenado na “garrafa” da memória,

- cujo nome é Saudade -

É que me faz voltar no tempo...

E eu me acalmo.