Cidadezinha
De repente... assim te vejo
Ares de moça...de gente crescida.
Tuas longas avenidas
Abrigam prédios
Que se alongam
Rumo ao céu.
Galerias envidraçadas
Vitrines em tom de luxo
Em cada esquina
Um quê de progresso
Um sinaleiro pisca-indica
Que cresce a população
Pastel e café nas manhãs
Buzina, óleo e fumaça
Um misto de sons e cheiros
Cara de grande metrópole.
Lembro-me então
Que já não posso mais
Alcançar os seus limites
Andando pelas calçadas
Cruzo com cidadãos
Que já não sei quem são
Já não retenho na memória
Seus nomes e famílias.
Então em meus olhos desolados
Desfaz-se doloridamente
A sua doce imagem
De Cidadezinha.