Cidadezinha

De repente... assim te vejo

Ares de moça...de gente crescida.

Tuas longas avenidas

Abrigam prédios

Que se alongam

Rumo ao céu.

Galerias envidraçadas

Vitrines em tom de luxo

Em cada esquina

Um quê de progresso

Um sinaleiro pisca-indica

Que cresce a população

Pastel e café nas manhãs

Buzina, óleo e fumaça

Um misto de sons e cheiros

Cara de grande metrópole.

Lembro-me então

Que já não posso mais

Alcançar os seus limites

Andando pelas calçadas

Cruzo com cidadãos

Que já não sei quem são

Já não retenho na memória

Seus nomes e famílias.

Então em meus olhos desolados

Desfaz-se doloridamente

A sua doce imagem

De Cidadezinha.

MARINA ALVES
Enviado por MARINA ALVES em 17/11/2009
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