Passagem

Foi névoa, talvez nuvem,

Talvez delicioso retorno feito de paz.

Se existiu foi efêmero como chuva de verão.

Foi terno, inexistente sonho!

Foi beijo primeiro, qual volúpia

Perdida na noite.

Foi esmola de “mão beijada”,

Pedaço de penumbra, vaga lembrança.

Foram sorrateiros como os vendavais,

Devastador como os terremotos,

Um labirinto de febre,

Uma dor nas solidões

Uma grande saudade eterna...

Febril como a própria morte.