Pátria dos sentimentos

Pátria dos sentimentos

Alguns sentimentos guardamos

Outros quem agasalha é o coração

Quando é da saudade que falamos

Fica represada na nossa solidão...

Alguns urgem que sucumbir

No mais denso que há em nós

Outros de certo hão de submergir

No abissal indizível da dor atroz.

Há uma ânsia aprofundada

Humano, inclemente fustigo.

Há uma alma a vagar agoniada

Rogando paz, diminuto abrigo...

Decorrências da falta infinda

De um tempo que ficou atrás

Sentimento frugal, latente ainda.

Saudade é dor que não se desfaz...

Por isso chora o corpo apartado

Queixa-se o espírito em tristeza

Lastimando ao que foi mutilado

Saudade: destronar da vida a realeza...

Lugares inúmeros, casa dos sentimentos.

Distintos, parcelas vívidas da emoção.

Só a saudade e seu preenchimento

Habita o todo da alma, corpo e coração.

Roseane Namastê
Enviado por Roseane Namastê em 13/11/2009
Código do texto: T1920540
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