SOB A LUZ DO LAMPIÃO


Inútil agora tentar reencontrar
a luz-magia acesa no passado,
os porões do tempo estão à guardar
nossos sonhos em teias empoeiradas...

Não dá para reinventar aquarelas
com a chama tosca do lampião;
no silêncio da sinfonia inacabada
geme descompassada solidão
e a saudade da hora, chora calada
para não borrar o que restou da emoção.

Meu corpo já não clama pelo seu,
a pele perdeu o êxtase dos sentidos...
Minh'alma perdeu-se no adeus
e deitou-se no sono dos vencidos...

05/08/2008
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 01/11/2009
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