O QUE RESTOU


Nas linhas retas
súbito imprevisto,
curva sinuosa
eu não tinha visto,
fim do sonho.

Perdida no caminho
vaguei em momento incerto,
das flores restaram os espinhos
retalhando o que pensei ser certo...

Hoje sei por onde vou,
após muita introspecção
e do rio de lágrimas que derramei.

Do nosso amor só restou
o apagar da ilusão,
era só uma fantasia, agora sei...

Sob o silêncio da saudade
ainda encontro você;
vivendo uma falsa felicidade,
tentando dominar a vida
em voos cegos e sem direção.

O tempo passa arrastando seu tempo,
adormecendo anos e emoção,
mas distraído, você não sente,
não vê o vai e vem da estação
e julga feliz ser, 
mas seu olhar desmente!



04/01/2009
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 23/10/2009
Reeditado em 04/12/2009
Código do texto: T1883000