MANHÃ DE OUTONO

DOCE LEMBRANÇA!

NESTE MOMENTO

CHOVE LÁ FORA, NÃO SOU MAIS CRIANÇA

MEU OLHAR DESCANSA

TENTO AFOGAR MEU LAMENTO.

VIDRAÇA RESPINGADA, SOLUÇA

AO TOQUE DO VENTO,

A MONOTONIA DA TARDE, SINTO- ME CRIANÇA

ENTERNECE MEU CORAÇÃO: UM ALENTO

CESSO EM DEVANEIO

O TURBILHÃO QUE DESSE TEMPO!!

A IMAGEM ME RESPLANDECIA COM CALMA

BRINCAVA DE MORAR DENTRO DA TELA

NAS OBRAS DE ARTE DA ANTIGA CASA DE MINHA INFÂNCIA

SEMPRE QUE ME DEPARO COM UM QUADRO

SOU FISGADA PELA LEMBRANÇA

ESSA FORÇA ESTRANHA

TRANSPORTA-ME PARA DENTRO DA ARTE

A TELA PERPETUA E SE TORNA UM REAL IMAGINÁRIO.

ONDE POSSO SER E TER O QUE BEM QUERO.

NUM INSTANTE MÁGICO

CAMINHO NA AREIA MORNA NO FINAL DATARDE

OUÇO O BARULHO DA ÁGUA QUE SEGUE NO RIACHO

A FUMAÇA QUE SAI DE UMA CHAMINÉ

DENUNCIANDO SABOROSO AROMA DA COMIDA.

O FARFALHAR DO ARVOREDO ATRÁS DA CASA

PROMETE UMA NOITE TRANQUILA

ESSE É O MEU CANTO

OBSERVO O PASSEIO DAS BORBOLETAS

CONFUNDINDO COM AS FLORES AMARELAS.

ONDE OUÇO O PASSAREDO FAZENDO FESTA

LOGO MAIS A SINFONIA DE SAPOS COM GRILOS

DAR LUGAR A MELODIA DA COTOVIA.

O BRILHO DO LUAR DESPEDE DO CREPUSCULO

EU VOLTO O MEU OLHAR ALÉM DA JANELA

JÁ NÃO CHOVE MAIS.

O SOL ME SORRI LÁ DE FORA

PELO FIM DA TARDE

VOU CAMINHAR PELA LAGOA....

Angeluar
Enviado por Angeluar em 22/10/2009
Reeditado em 29/10/2009
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