Saudade (em bolero e poesia)

Saudade (em bolero e poesia)

Sofregamente assentou

Naufragada nas lembranças

Nas lágrimas debulhou

Submersa na saudade...

Amou,

E pelo amor se abandonou,

Colheu flores no caminho,

Entre risos se espalhou

Agora se corta em espinhos...

Agora sangra,

Sangra e a alma é vazia

Sofre a cama arrumada

Em prantos se esvaía.

Do mundo, não quer mais nada...

Na escuridão se trancafia

Nada vai lhe aclarar

Sente-se fraca, definha.

Ao fim pretende chegar...

Ah essa dor da saudade.

Essa vontade, esse nó.

Ah, esse peito sofrido,

Essa vida assim tão só...

O amor,

Ah, desse amor uma falta,

Do corpo a febre que vem

Desejo ardente que mata

De boca, de amar, querer bem...

Ah, esse amor de bolero.

Que dramatiza e faz sonhar

Ah, saudade de quem venero.

Saudade infinda a lancinar...

Vazio...

Silêncio a porta se fecha

O mundo é pranto imenso

Na cama vazia uma flecha

No peito certeiro lamento.

Roseane Namastê
Enviado por Roseane Namastê em 21/10/2009
Código do texto: T1878948
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