Lembranças
Nas loucuras das palavras,
Galgados nos vis desejos
Uma sombra ali profunda
Emerge pensativa nas paredes
Jorra pelas veias; nas veredas.
A cobrança do presente
Um ressentimento tão perto
A busca na vasta escuridão!
De liberdade! Talvez libertinagem!
Agora prisioneiros de um passado...
Imaginam-se os instantes
E o tempo perde o ponteiro,
Na deixa daquelas madeixas
Esvoaça-se pelos dedos
Esvairando-se fugitivos pro futuro.
Aos poucos tudo se faz silencioso...
Injuriam (praguejam!) o passado!
Fantasia-se o ludibrioso futuro.
Rasgam-se as vestes do presente.
Fecham tudo! Enclausuram-se!