Lembranças

Nas loucuras das palavras,

Galgados nos vis desejos

Uma sombra ali profunda

Emerge pensativa nas paredes

Jorra pelas veias; nas veredas.

A cobrança do presente

Um ressentimento tão perto

A busca na vasta escuridão!

De liberdade! Talvez libertinagem!

Agora prisioneiros de um passado...

Imaginam-se os instantes

E o tempo perde o ponteiro,

Na deixa daquelas madeixas

Esvoaça-se pelos dedos

Esvairando-se fugitivos pro futuro.

Aos poucos tudo se faz silencioso...

Injuriam (praguejam!) o passado!

Fantasia-se o ludibrioso futuro.

Rasgam-se as vestes do presente.

Fecham tudo! Enclausuram-se!

Marcos Antony
Enviado por Marcos Antony em 20/10/2009
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