Consolo

Quanto tempo perco eu,

fazendo esses poemas,

procurando a palavra

que um dia, se perdeu;

o verso perfeito que foi,

dizendo que já voltava.

E quanta coisa ganho eu,

que o tempo perdido me dá

aquilo que foi embora,

aquilo que era meu;

que volta agora, mais forte,

na poesia que me consola.