VALSA CORRENTINA


Bem distante perdida entre as serras,
como um ninho perdido nas matas
fica a terra mimosa que é minha,
Correntina de sonho e cascatas;
Como um beijo de lua perdido,
que caiu desmanchando-se em beijos
que requebra ao valsar da saudade,
que se abraça ao sorrir dos desejos.

Também quero ó minha terra querida,
em teus braços feliz reclinar
e com lágrimas colar-me em teus seios
para nunca querer te deixar.

A poesia qual manto de tule
te ensombrei os contornos febris
disfarçada em ondas do rio
vem beija-la com olhares sutis.
Embalada a volúpia dos sonhos
da alvorada no monte a surgir
ela baila fitando o infinito
numa prece a sonhos com o porvir

Também quero ó minha terra querida
em teus braços feliz reclinar
e com lágrimas colar-me em teus seios
para nunca querer te deixar

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Outra vez Teófilo Guerra.
Década de 50, o poeta vivia em São Paulo, longe de sua terra natal, quando a saudade o inspirou estes versos que já nasceram em forma de canção. A Valsa que tornou-se hino oficial da cidade, cantada em serestas e solenidades oficiais.
Flamarion Costa
Enviado por Flamarion Costa em 11/10/2009
Reeditado em 11/10/2009
Código do texto: T1860983
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