DAMA OU VAGABUNDA
Que saudade daquela carona
Foi a minha única transa no carro
Tudo apertado, apressado
Corpos suados,
Desejos incontrolados
Toques íntimos, desatino
Mãos ávidas e ousadas
Roupas arrancadas, rasgadas
Espalhadas no banco traseiro
Tudo muito ligeiro
No ar, um cheiro de amor e sexo
Frente e verso, reverso
Pura excitação, tentação, ousadia
Orgasmos múltiplos que arrepiam
E dão aquele frio na coluna
Orgasmo que sonhava e sempre quis
E naquele frenesi
Esqueci que era uma dama
E me senti vadia e vagabunda
Mas infinitamente feliz.