A EMPA
JoaKim Santos
Ainda recordo com emoção
Saudades da tua companhia
As gretas na tua mão
Feitas na empa ou enxertia
Ias para o vale podar
Ao nascer da alvorada
Nada te fazia parar
Nem os dias de geada
Eu ia contigo
Rezava que chove-se
Para ir para o abrigo
Para algo que me aquecesse
Lá andava a esgalhar
Que era limpar a vide
Para tu a poderes empar
Foi a vida que tive
Eu contigo muito aprendi
Foste um grande professor
Pois á muito que te compreendi
Quanto tamanha foi a tua dor
Me lembro das tuas chagas
Quando andavas na enxertia
Tuas mãos tão gretadas
Dizias que não, mas sei que te doía
Quando andavas na empa
Elas te sangravam
Tua mão ficava mais lenta
Mas nunca paravam
Eu me queixava com o frio
Tu com o teu camisolão
Não davas um pio
Eu me tornava um chorão
Hoje eu choro
Mas com saudade
Hoje eu imploro
Mas é só vaidade
Eles não sonham, nem sabem
Eles não querem saber
Mas pensam que valem
E só pensam em ter
Pai...foste o meu grande amigo
Foste um bom companheiro
Também muito incompreendido
Trabalhavas o dia inteiro
Quando finalmente paraste
Já eras avô, a mãe para o céu viajou
Muito pouco descansaste
A saúde te tramou
A ultima tarde que te vi
Na cama do hospital
Sofrias e eu sofri
Pois estavas muito mal
Á noite nos deixaste
Deixaste de sofrer
Nunca mais nos falaste
Nunca mais te vamos ver
Mas um dia voltaremos a estar todos juntos
Teu saudoso filho Quim
Portugal / Loures
04-07-2005
JoaKim Santos
Ainda recordo com emoção
Saudades da tua companhia
As gretas na tua mão
Feitas na empa ou enxertia
Ias para o vale podar
Ao nascer da alvorada
Nada te fazia parar
Nem os dias de geada
Eu ia contigo
Rezava que chove-se
Para ir para o abrigo
Para algo que me aquecesse
Lá andava a esgalhar
Que era limpar a vide
Para tu a poderes empar
Foi a vida que tive
Eu contigo muito aprendi
Foste um grande professor
Pois á muito que te compreendi
Quanto tamanha foi a tua dor
Me lembro das tuas chagas
Quando andavas na enxertia
Tuas mãos tão gretadas
Dizias que não, mas sei que te doía
Quando andavas na empa
Elas te sangravam
Tua mão ficava mais lenta
Mas nunca paravam
Eu me queixava com o frio
Tu com o teu camisolão
Não davas um pio
Eu me tornava um chorão
Hoje eu choro
Mas com saudade
Hoje eu imploro
Mas é só vaidade
Eles não sonham, nem sabem
Eles não querem saber
Mas pensam que valem
E só pensam em ter
Pai...foste o meu grande amigo
Foste um bom companheiro
Também muito incompreendido
Trabalhavas o dia inteiro
Quando finalmente paraste
Já eras avô, a mãe para o céu viajou
Muito pouco descansaste
A saúde te tramou
A ultima tarde que te vi
Na cama do hospital
Sofrias e eu sofri
Pois estavas muito mal
Á noite nos deixaste
Deixaste de sofrer
Nunca mais nos falaste
Nunca mais te vamos ver
Mas um dia voltaremos a estar todos juntos
Teu saudoso filho Quim
Portugal / Loures
04-07-2005