ALTINA
Vivida em tempo de repressão
Em tempo de silenciar
Uma flor-mulher
Mulher-flor carregara em teu nome força
Carregou o poder que desconhece
Carregou altura em sua baixa estatura
Foi pouco compreendida
Pensou ser pouco amada
Foi a vida inteira injustiçada
Mulher-flor
de calada sempre
Tua vasta cria
Mal criada
E teus incontaveis momentos de dor
Momentos de solidão provou
Em total angustia silenciou
Perdoa-me altina amada
Por mim e toda por ti pessoa errada
Tu mulher-flor
Recatada mulher
Incompreendida em tua jornada
Teus dias sós lutou por companhia
Tu foi abandonada
Tu mulher-flor
há de ser lembrada
Em minha humilde pretensão
Em minha tua poesia
Furtaram teu teto
Teus filhos seguiram rumo outro
Abandonaram-te
Tu mulher-flor
Me esperas-te em teu leito
Em tua partida esperas-te o meu abraço
Viverás comigo
Enquanto ainda aqui eu estiver
E não perderás as minhas mãos por onde estiver
Agradeço-te o preparo doce
E por mim
Tua eterna espera
Tantas por mim
Teu nome mulher-flor
Teu nome mulher-flor
Na maior estrela estará escrita
Eterna mulher-flor
Amo-te infinitamente tanto
Pois que eu perco o rumo deste verso
Desejando-te o momento reencontro
Altina maior
Minha adorável
memorável vó