ALTINA

Vivida em tempo de repressão

Em tempo de silenciar

Uma flor-mulher

Mulher-flor carregara em teu nome força

Carregou o poder que desconhece

Carregou altura em sua baixa estatura

Foi pouco compreendida

Pensou ser pouco amada

Foi a vida inteira injustiçada

Mulher-flor

de calada sempre

Tua vasta cria

Mal criada

E teus incontaveis momentos de dor

Momentos de solidão provou

Em total angustia silenciou

Perdoa-me altina amada

Por mim e toda por ti pessoa errada

Tu mulher-flor

Recatada mulher

Incompreendida em tua jornada

Teus dias sós lutou por companhia

Tu foi abandonada

Tu mulher-flor

há de ser lembrada

Em minha humilde pretensão

Em minha tua poesia

Furtaram teu teto

Teus filhos seguiram rumo outro

Abandonaram-te

Tu mulher-flor

Me esperas-te em teu leito

Em tua partida esperas-te o meu abraço

Viverás comigo

Enquanto ainda aqui eu estiver

E não perderás as minhas mãos por onde estiver

Agradeço-te o preparo doce

E por mim

Tua eterna espera

Tantas por mim

Teu nome mulher-flor

Teu nome mulher-flor

Na maior estrela estará escrita

Eterna mulher-flor

Amo-te infinitamente tanto

Pois que eu perco o rumo deste verso

Desejando-te o momento reencontro

Altina maior

Minha adorável

memorável vó

Leonardo Pergaminho
Enviado por Leonardo Pergaminho em 01/10/2009
Reeditado em 05/05/2012
Código do texto: T1841362