O anelo do tempo...

O anelo do tempo...

Há ocasiões em que as letras incompatibilizam com o pensar.

Versos destoam do poetar.

Poemas divergem do rimar. Inspiração diferindo do criar.

Fica tudo assim: de ponta a cabeça, ao avesso o idealizar.

Há momentos em que o sentimento teima em machucar.

Que a dor vem avulsa, inversa do desejar.

Que as lágrimas lavam com sal à vontade

Cujo único rimar é a saudade.

Há tempos em que nada acolhe, agasalha.

E o sentir é silente.

E de frio cobre-se, tiritando pelo afeto ausente,

E a alma mendiga um quinhão que seja do teu olhar.

Porque é dessas míseras migalhas o seu único alimentar.

Tem tempo em que o próprio tempo de si quer se ausentar.

Tempo no qual o coração é um poço sem fundo,

Um mar que em si quer naufragar.

Tempo cujo anelo é da saudade o apartar.

Há ocasiões em que as letras incompatibilizam com o pensar.

Versos destoam do poetar.

Poemas divergem do rimar. Inspiração diferindo do criar.

Fica tudo assim: de ponta a cabeça, ao avesso o idealizar.

Há momentos em que o sentimento teima em machucar.

Que a dor vem avulsa, inversa do desejar.

Que as lágrimas lavam com sal à vontade

Cujo único rimar é a saudade.

Há tempos em que nada acolhe, agasalha.

E o sentir é silente.

E de frio cobre-se, tiritando pelo afeto ausente,

E a alma mendiga um quinhão que seja do teu olhar.

Porque é dessas míseras migalhas o seu único alimentar.

Tem tempo em que o próprio tempo de si quer se ausentar.

Tempo no qual o coração é um poço sem fundo,

Um mar que em si quer naufragar.

Tempo cujo anelo é da saudade o apartar.

Roseane Namastê
Enviado por Roseane Namastê em 30/09/2009
Código do texto: T1840517
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