O anelo do tempo...
O anelo do tempo...
Há ocasiões em que as letras incompatibilizam com o pensar.
Versos destoam do poetar.
Poemas divergem do rimar. Inspiração diferindo do criar.
Fica tudo assim: de ponta a cabeça, ao avesso o idealizar.
Há momentos em que o sentimento teima em machucar.
Que a dor vem avulsa, inversa do desejar.
Que as lágrimas lavam com sal à vontade
Cujo único rimar é a saudade.
Há tempos em que nada acolhe, agasalha.
E o sentir é silente.
E de frio cobre-se, tiritando pelo afeto ausente,
E a alma mendiga um quinhão que seja do teu olhar.
Porque é dessas míseras migalhas o seu único alimentar.
Tem tempo em que o próprio tempo de si quer se ausentar.
Tempo no qual o coração é um poço sem fundo,
Um mar que em si quer naufragar.
Tempo cujo anelo é da saudade o apartar.
Há ocasiões em que as letras incompatibilizam com o pensar.
Versos destoam do poetar.
Poemas divergem do rimar. Inspiração diferindo do criar.
Fica tudo assim: de ponta a cabeça, ao avesso o idealizar.
Há momentos em que o sentimento teima em machucar.
Que a dor vem avulsa, inversa do desejar.
Que as lágrimas lavam com sal à vontade
Cujo único rimar é a saudade.
Há tempos em que nada acolhe, agasalha.
E o sentir é silente.
E de frio cobre-se, tiritando pelo afeto ausente,
E a alma mendiga um quinhão que seja do teu olhar.
Porque é dessas míseras migalhas o seu único alimentar.
Tem tempo em que o próprio tempo de si quer se ausentar.
Tempo no qual o coração é um poço sem fundo,
Um mar que em si quer naufragar.
Tempo cujo anelo é da saudade o apartar.