SAUDADE DO MEU B

(Sócrates Di Lima)

Ontem, tinha saudade de uma coisa qualquer,

Até da ponte que partiu.,

Não vi a saudade nos olhos da minha mulher,

Se eu não vi, ninguém mais viu.

Tem dias que a gente acorda de sobreaviso,

E a tudo discorda.,

Irrita-se com tudo, até do improviso,

Vê-se pendurado numa fina corda.

Às vezes a pressão é tanta,

Que um dos neurônios pode se atrapalhar.,

Não é nada que se espanta,

Ter saudade de trabalhar.

Quem tem saudade, tem sorte,

Eis que sentir saudade é bom também,

Só não pode fazer da saudade um esporte,

Nem chorar de saudade de alguém.

Hoje eu tenho a minha saudade,

E já não é de coisa qualquer,

Eu quero é ter a liberdade,

De sentir saudade, da minha mulher.

Minha mulher não é uma lua,

Nem tão pouco estrelas.,

Mas é tão linda quanto insinua,

A beleza que ambas possam tê-las.

Sempre sinto saudade real,

Até de briga corriqueira.,

Porque depois, era fatal.,

A reconciliação á nossa maneira.

Ah! Que saudade do meu B, que agora eu sinto,

Deste amor que minha alma tem.,

Com alegria, gosto dela, não minto,

E ela gosta de mim também.

Minha musa é meu encanto,

Ela se encanta por mim também.,

E a saudade que sentimos é um manto,

Que cobre nossos corpos, amém.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 30/09/2009
Reeditado em 16/08/2010
Código do texto: T1840488
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