Ausência
Na sua ausência percebo que me falta tudo;
Perco a esperança em um olhar profundo.
Entristeço-me em versos mudos.
Estremeço, pois os medos são mais agudos.
Soa sombrio na inconsciência o som da sua voz.
Faz-me calar frio, como se fosse o algoz.
Traz calafrios o que remetia a paz.
Turva a consciência, pois não te tenho mais.
É relutante e ressoante, mas são ecos do passado.
Vejo nossas imagens em um castelo assombrado.
Naquele cômodo vazio ainda guardo a saudade;
O incômodo vazio que antes foi felicidade.