Além da Vida
Olho pela janela, os céus escuros, o mar revolto.
Prenúncio de que uma tempestade se aproxima.
Os primeiros pingos,batem no vidro da janela,respigam em meu rosto.Lentamente fecho a janela e permaneço junto a ela,ali,observando.
A tempestade desaba;
o dia, tornou-se noite.
Lembrou-me o dia em que partiste,me senti só,vazia.
Tentei gritar, mas não havia voz.
Encostei-me na janela, chorei.
Abracei meu corpo pra não me sentir tão só;eu,companheira de mim.
De todas as partidas,a morte é a que mais deixa marcas,
por ter só passagem de ida, nunca de volta.
Uma viagem não programada,que não escolhe dia,hora,idade, lugar...
Vendo a chuva cair,o chão lavar,
Prometi a mim mesma,um dia além da vida o encontrar...