Dejà Vu

Meu coração, naquela manhã pegou fogo

Fogo-fátuo

Brilho distante

Das funduras oriundo de uma alma sem idade

Sabe-se lá quantas eternidades

No momento em que meus olhos os dele encontraram

De onde o conheço?

Me pergunto até hoje

Minhas pernas tremeram

E tremem até hoje

Abalou-se minh’alma

Algo ali havia sem saída para a razão

Como chumbo pesou-me a solidão

De profundezas surreais uma saudade corroeu meu coração

O juízo queria me abandonar

Me trouxe a morte o desespero nunca sentido

De haver perdido alguém que nunca houvera conhecido

Me queria abandonar o juízo

Aquele estava lá

Aqui em mim

Lá em algum lugar

Minhas lágrimas fazendo descerem quentes

Abrir uma ferida ardente

Queimando em chamas de uma lembrança

Latente em minha alma

Presente no coração

Entretanto, em minha mente, na razão, não

Cicatriz aberta que não fecha

Às vezes em fogo de desespero queima

Às vezes em gelo de tristeza enrijece

Sua angústia me tem o gosto amargo da terra

Seu desespero me tem o gosto amargo da terra

Sua dor me tem o gosto amargo da terra

São meus

Sou eu

Somos nós

Nos fundamentos do inominável nosso nome escrito está

Nos fundamentos do inexorável nosso segredo oculto está

Almas perdidas devem encontrar-se em algum lugar.

Lollita
Enviado por Lollita em 15/09/2009
Código do texto: T1811389
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