Fria Saudade

Uma brisa fresca passa pelas venezianas

Tocando fugazmente meu corpo

Que estremece ao gélido afago

Dos dedos soltos do vento

Atrevido entra no meu quarto

E invade meu canto mais secreto

Enrosca-se e desenrosca-se

Nas ondas leves do meu cabelo

Como um amor passageiro

Que nasce e morre

No mesmo equivoco instante

Em que encontra seu estaleiro

Passa, se vai porta afora

Deixando a impressão de vazio

E de que a presença será fria agora

Assim como o fim desta estação...