Saudade II
A música que o vento trás é a melodia da minha dor
Aquela breve despedida é a mais lenta ferida aberta
O aconchego repentino é o desabrigo aonde for
Sem que se espere estavamos munidos do forte abraço
Era o meio daquele início que nunca terminou
O que um dia em fim se trasformou
É agora suplicas de verdadeiro amor
Tudo que é pequeno, imenso se torna diante do rio de lágrimas que o par derramou
Quem vai embora?
Porque as portas ninguém trancou
Entre mil abraços é querer apenas um
Entre mil beijos é fechar os olhos somente quando encosta naqueles lábios
E é sentir ferver o sangue, algo descompassado
Que só quando se juntam tem possível uma explicação
Saudade nem parece sentimento
Parece música, parece vento
Faz com que eu fique longe de você
Mesmo tão perto
Saudade me parece o nascer
(agora leia de baixo para cima)