CANTIGA NO ANOITECER

Pelos momentos de ternura, que vivemos,
creio que nenhum de nós precisa pedir perdão,
se aquele amor louco e ardente, não mantemos,
é que era para durar somente um verão.

Ele nasceu forte, mas juntos não plantamos
nunca atingiu as profundezas, sua raiz,
a culpa foi nossa, mas hoje não lamentamos,
muito para relembrar,  vivemos um tempo feliz.

Agora, que um ao outro, que viva bem, pedimos,
não temos mágoa de um romance que findou,
se manter aquele jardim florido, não conseguimos,
sabemos por que essa semente não germinou.

É como se fosse uma cantiga no anoitecer
um para o outro, uma eterna lembrança,
que acompanhará para sempre nosso viver,
muito longe, distante, da fantasia da esperança.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 05/09/2009
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