A CHUVA

A CHUVA

A chuva cai lavando as velhas telhas

O barulho é como suave música

A embalar doces lembranças

Do nosso grande amor desfeito

Tudo dói demasiadamente em mim

Tantas coisas belas que vivemos...

Quantos momentos inesquecíveis.

Sonhos reduzidos a uma saudade sem fim

A chuva continua caindo

Transborda pelas bordas das calhas

Insistindo em tudo molhar

Combina com meus olhos, de tanto chorar

Olhos confusos, perdidos no vazio deste lugar

Absortos pelas paredes frias a te procurar

De repente, tive a sensação de te ver passar

Apenas mais um delírio, um devanear.

Sua ausência povoa minha mente

Extravasa por todos os poros

Continuo só, morrendo a cada segundo

Loucura sem cura, me consome vorazmente.

Por um momento a chuva para

Tímidos raios de sol dão as caras

Se você soubesse como é difícil...

A vida sem você é doença que não sara.

“Vadô Cabrera”