NOSSAS MANHÃS


NOSSAS MANHÃS

Não cabia em mim a vontade
De colher as rosas que um dia te prometi.
Os dias se passaram céleres me deixando
Cansado, sem forças para reter
O sol que nas manhãs vinha refletir
As horas que desmarcaram o nosso tempo.

Eu quis ser o que não fui.
E quase tomei a decisão
De reencontrar-te e colher
As flores, já sugadas do néctar,
Para te oferecer.

Contudo, sorrias de exaustão,
Porque havias de querer amar e silenciar,
Mesmo sem amanhecerem alegres
As manhãs douradas que brilhavam para nós.
Pablo Calvo
Enviado por Pablo Calvo em 30/08/2009
Código do texto: T1782532
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