Saudades fortuitas
Esta saudade que, se não me distraio,
Aumenta a abrangência de seu raio
Que me faz inventar algum contato
Como a renovar contrato
Ainda em meio a vigência
Saudade das adjacências
Das áreas de sua influência
Dos cheiros, do jeito de como ela vê tudo
Saudade que me deixa mudo
Imaginando a sua silhueta
Olhando uma imaginária ampulheta
Que conta o tempo de revê-la
E logo depois,
O feijão com arroz me indica
Uma solidão a dois que fica assim frustrante
Tudo precisa ser como antes
Quando a saudade estava
E eu quase não me concentrava
Depende de nós enfim
Ou será que depende de mim?