SAUDADE
Dêem as boas vindas caros amigos
Abraçam-se como queiram os retornados
Do mar revolto
E contam suas histórias no fim da vida
E lamentam as aventuras não vividas.
Do verão que não aquece o inverno terminado
Da primavera que trouxe a flôr da esperança
E o ancião que relembra a criança
Que brincava na rua e não corria perigo.
Aos prantos o apaixonado conta
O amor que não se fez felicidade
E só viaja o motoqueiro
Vencendo a distância
Da vila que se tornou cidade
Saudade.