A Mó da Azenha
A Mó da Azenha
Homem pacato o moleiro
Afeito ao gingar da água
Tira o trigo do celeiro
Coloca na roda d’água
Tange a água a mó da azenha
Daqui se ouve o clamor
Tritura o grão e se empenha
Na farinha da melhor
Homem pacato o moleiro
Afeito ao gingar da água
Tira o trigo do celeiro
Coloca na roda d’água
A água sempre correndo
Transforma grãos em farinha
O moleiro vai moendo
Para entregar à noitinha
E no caminho da azenha
Tange a mula carregada
É mula, não fica prenha
Mas chega ao topo cansada
Diariamente o moleiro
Faz o trajeto sem fim
Tirando o pão do celeiro
Moendo o trigo e afim
Polvilhados de farinha
O moleiro e sua mula
Pelas arribas caminha
Sem descansar a medula
Cumpre assim sua missão
Grão a grão ele vai moendo
Para que não falte o pão
Sobe as arribas correndo
A azenha é seu tesouro
Seu mundo, sua missão
Corre água no rio Douro
E amor no seu coração
São Paulo, 12/08/2009
Armando A. C. Garcia
E-mail: armandoacgarcia@superig.com.br
Site: www.usinadeletras.com.br