Mistérios do amor

Como as folhas secas levadas pelo vento,

Mais um sou, afastado da arvore mãe,

Segregado de qualquer carinho, um alento.

Sangue meu derramado do sacrifício perene,

Das lágrimas que cortam minha face,

Nada são mais que reflexos do que esvaece,

Deixa meu corpo da luz extrema contida.

Saudades suas, oh, que a maré me trouxe,

Que o vento te afastou-me.

Da escuridão que acabou-se

Por sua luz que iluminou-me,

Doce felicidade ofertada do amor,

Que por tantas vezes também agridoce,

doação sem reposta de uma felicidade extrema.

E agora por fim vos peço, oh vento,

Levais-me de onde parti,

Arrancaste de mim a vida,

Que por meio dele restituída,

Revelas tudo que um dia senti.

Silfos sentidos. queridos amigos,

Eternos companheiros do devaneio da vida,

Ocorre-me que enfim deveis deixar-me,

Uma vez, a prelúdio, conhecer os mistérios

Dos que não mais se escondem nos Monastérios,

e agora sim, na beleza do amor.

Diego Pablo Cozer
Enviado por Diego Pablo Cozer em 10/08/2009
Reeditado em 11/08/2009
Código do texto: T1747431
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