NO QUINTAL DA MINHA CASA
Era lá naquele cantinho
Do quintal da minha casa.
Ela menina, eu bem novinho...
Voávamos. À imaginação, dávamos asas.
Era a casa, o canteiro, o jardim...
O quarto velho e ela - menina flor.
Se abrindo, sorrindo pra mim...
Ouvindo as histórias do meu avó.
Era o lírio, a violeta, o jasmim...
O nascer do primeiro amor.
Ainda mora tudo dentro de mim.
O tempo, o vento... o vento não levou.
Hoje, olho pra a menina,
E vejo um arco-íris na íris do seu olhar.
Ela, “que um dia conheci criança,
Que tantas vezes vi chorar...”
Me ponho a viajar nos sonhos.
Ela, eu, nossos amigos... o passatempo.
Acordo, Tudo imaginação! E me lembro:
Como já vai longe esse tempo!
Marcos Aurélio Mendes