VAI, SAUDADE...

Vai saudade para o ar, vai, vai minha saudade!

Sobe ao espaço infinito!

Voa e voa ou com o vento,

Sobe o mais alto, o mais alto!

Chega ao Rio Grande do Sul,

Vai lá – é Santa Rosa...

A rua é Minas Gerais,

Bem no centro da cidade,

Número dois três oito, no apartamento quatorze.

Sobe três escadinhas,

Isso não cansa, anda bem devagar...

Tu a conheces, saudade,

É a loura mais bonita

Que o céu já pôs sobre a terra.

E é leve, suave, delicada...

Cuidado que não a magoes,

É sensível demais e muitas às vezes se zanga.

É frio aí, é frio?

Pois leva meu coração para aquecer minha amada!

Envolve-a em meu cobertor

De vida e sonho, de luz.

Diz-lhe, saudade,

- Presente

Vim trazer-te o teu João.

Ele é teu, é teu somente.

E manda dizer que a cama larga é vazia,

Silenciosa,

Silenciosa,

Silenciosa e sombria...

Está morrendo de tédio,

De mágoa,

De solidão...

Os dois morrem, os dois,

A cama e o teu João...

12-06-06, 21h: 15.

joaojustiniano@terra.com.br

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