PAI
O meu pai por onde passava,
Recendia a cheiro do trigo,
Com que o pão amassava...
Doce, terno, com os olhos brilhantes
Sempre foi um grande amigo,
E lapidava suas meninas como belos diamantes...
Fazer pão era o seu “ganha pão”.
Com tanta maestria se entregava a esta arte,
Era um artista na sua profissão...
Sempre gostou de cantar
O violão, da sua vida inteira fez parte,
Viveu só na alegria, o tempo todo a amar...
Às vezes, falava um pouco mais alto
Quando o sangue espanhol aflorava.
Papai ficava muito bravo, e até subia no salto...
Mas todo o amor que tinha no coração
Entregou às três filhas que tanto amava
Sem esquecer ainda, aquela de criação...
Sua vida, meu pai, de tanta abnegação,
Foi uma sinfonia de sonhos, lutas e amores.
Você partiu, mas sempre estará em nosso coração!
RR/ Caraguatatuba, agosto/2009
Dia dos Pais