Dói
Invisível mão que aperta
Que espreme, esgarça, oprime
Saudade, dor que se arrasta
Sem sinal de que se dirime
Feridas que coçam surdas
Tirando o ar dos respiros
Vozes que se escuta mudas
Gritando sem ter ruídos
Trava-se, espera-se estanque
No calmo vibrar das tormentas
No desalento do tempo
Num sofrer sem ferimento