LEMBRANÇAS

Sou como a flor pálida se exaurindo

Num cantinho qualquer do jardim,

Devagar lentamente vou indo ... indo ...

Até que o vento passe e leve tudo de mim.

O tempo vem me cobrando os perfumes

Que perdi por aí em minhas andanças;

Corri atrás do amor, chorei, senti ciúmes.

Tola ilusão! Hoje só tenho lembranças.

Lembranças também da minha mocidade

Penduradas, ficaram nos galhos da estrada

Onde o sorriso se trancou, virou saudade

No peito dessa insana ovelha desgarrada.

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 02/08/2009
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