LEMBRANÇAS
Sou como a flor pálida se exaurindo
Num cantinho qualquer do jardim,
Devagar lentamente vou indo ... indo ...
Até que o vento passe e leve tudo de mim.
O tempo vem me cobrando os perfumes
Que perdi por aí em minhas andanças;
Corri atrás do amor, chorei, senti ciúmes.
Tola ilusão! Hoje só tenho lembranças.
Lembranças também da minha mocidade
Penduradas, ficaram nos galhos da estrada
Onde o sorriso se trancou, virou saudade
No peito dessa insana ovelha desgarrada.