PEDAÇOS DE SONHO
Pedaços de sonhos, restos de mim.
Relâmpagos, farfalhar de folhas
e contrates:
água doce - chuva
salgada - pranto.
Meus pés,
na terra vestígios, impressões.
Marcas indeléveis, imutável tempo,
no meu rosto cruéis e impiedosos sinais.
Por uma trilha, à milhas de distância, terráqueo tempo
de linhas tortuosas: caminhos floridos, ressequidos,
glórios e inglórios
momentos.
Eu, num volver de olhos, frente ao passado
naquilo que meu, infinito, íntimo, cotidiano.
Se meu, ao meu redor.
Não-meu, distância físico-sentimental: perdas e danos.
Num balancete interno o mais, o menos,
o mais ou menos, o igual, o santo e o profano.
Inesquecível sorriso, abrigo-amigo,
na desesperança, o beijo.
Lembranças,
despedidas mornas no adeus.
Quantos adeuses, cumprimentos, versos...