TERNA PAULICEIA

No primeiro dia em te vi

Só Deus sabe no âmago o que senti,

O desnudar da alma ser

O corpo que delira inquietação,

Miríades idéias borbulham água

Nas gotas de água fervilham mágoas

Foi a minha sensação.

Então percebo de dentro, o galope

Na fase aguda do meu sofrer... Um segredo!

De transformar em coragem o medo,

Senti na cidade um exílio

Foi aquilo que eu descobri

Mas hoje pra mim ela é tudo

Igualzinho àquela que eu nasci

Passam-se os anos e infinitos dias

Passa-se a vida apressada a mil

São Paulo será sempre pra mim

Meu porto de cultura e de amor eterno

Não desbotará na porta de nenhum inferno

Também tem um céu bonito de azul anil

Com eira, com beira, mas sem fim

Nos anais tenros da minha vida

Recebi primavera, verão e outono seu

Seu inverno rigoroso desconheço,

No sensato trabalho de seu povo

A coberta do carinho me aqueceu

E de dentro de mim também saíra

Um rebento também que é filho teu.

Dinis
Enviado por Dinis em 25/07/2009
Código do texto: T1719384