NÃO TE CONHEÇO, MAS TENHO SAUDADES
“Não te conheço, mas tenho saudades.”
Sinto saudades de você, mas como posso sentir se ainda não lhe conheço
Sinto falta de você, mas como posso se nunca fomos um do outro?
Tornou-se marcante em apenas um dia e fez-se real em apenas um clik
Visitas meus pensamentos, reside em minha memória
Seria eu mais uma vez vítima de meus impulsos?
Ou cairei com a palidez do meu corpo, amargar por mais uma derrota
Nem sempre ganhamos tudo, temos tudo, ou vencemos em tudo
Confesso que tenho saudades e ultimamente ao fim da tarde me ponho a pensar em ti
Não faço idéia se isso terá um começo, outrora tendo, não desejo que haja um fim
Descaminhos e turbulências trazem desgaste
Não te conheço, mas tenho saudades...
Quem sabe eu acorde um dia e a bênção de Deus me alcance e me ponha ao seu lado
Perfeição em mim não há, embora sempre haja enorme esforço para retidão
Ter-se-ia perdido um dia ou quem sabe anos se assim eu não desejasse ser
A ausência da sua presença se faz sentir, embora nunca tivesse você ao meu lado
Pensar em ti não me faz mal, apenas ansioso fico
Na ansiedade procuro respostas e invento possíveis soluções
Ouço canções que possam trazer algum alento
E nisto sustento o desejo de meus sentimentos...
De querer estar junto
Conversar durante horas
De sair de si e vasculhar o melhor que tivermos em nossos corações
Andar em direção ao infinito
E simplesmente fundir nossas almas
Poder contar histórias pra sonhar depois
O que será de nós se não ousarmos?
O que será de nós se não tentarmos ao menos o amor da amizade
Bons amigos podem ser o que desejarem
Ofereço-te a minha amizade, e o que mais você quiser
Perdoe-me se por ventura eu possa estar totalmente equivocado
Ou tenha me confundido
Em podendo usar desta simples linguagem
Mas uma vez confesso; Não te conheço, mas tenho saudades
Paulo Cantagalo – “Não te conheço, mas tenho saudades.”
Rio, 17/07/2009
Para: Maria do Carmo