CRIANÇA
QUANDO EU NÃO TINHA A CERTEZA
QUE HOJE TRAGO NO PEITO
A VIDA AQUI ERA EFEITO
DE CAUSAS E DE ESPERTEZA...
VIVIA COLHENDO ESTRELAS
QUE AO FIRMAMENTO CONDUZ,
PLANTAVA EM CORAÇÕES
QUE TEIMAVAM EM NÃO VE-LAS.
E A VIDA SE DESFAZIA
EM AMOR E CANTORIA,
E O MUNDO. AO SONO LENTO
RODAVA ATRAVEZ DO VENTO
E NEM AO MENOS SABIA
SE ERA NOITE, OU ERA DIA.
VINHAM RUAS E VITRINES
QUERENDO ME CONSUMIR
DROGAS, DOGMAS, IDEALISMO
NEONAZISMO.
DIZENDO ME REDIMIR.
EU DEVORAVA O ARCO-IRIS
QUE TRAZIA UM NOVO SOL
E FECUNDAVA EM ALGAS CLOROFILAS
O DESTINO DE UMA ILHA
RECONSTITUINDO O ATOL.
MAS EU ERA UMA CRIANÇA
E NÃO SABIA FINGIR;
MAS EU ERA UMA CRIANÇA
E NÃO SABIA FUGIR.