CANTO HAVIA UMA CESTA.
No canto de minha sala
Havia uma cesta,
Nela joguei papéis velhos, lembranças, etc.
Nela joguei minha poética vida próspera,
Que tanto dizia de mim,
E ninguém podia sentir.
No canto de minha sala
Havia uma cesta,
Velha, sem vida,
Que dentro dela levou minha vida,
Minha vida de recordações,
Minha próspera vida poética,
Por que dentro dela
Foi minha maior ilusão de amor.
A cesta que havia
No canto de minha sala,
Era bem menor que meu ser,
Mas tão maior que minha saudade,
E tanto coube dentro dela,
Que eu acho que nela
Levaram minha vida,
Levaram meu ser.
Minha maior ilusão do amor.
Nela joguei minha primeira carta.
Nela joguei minha primeira poesia,
Tanto nela joguei,
Que ao levá-la levaram,
Todo meu ser criança,
Na cesta do canto
De minha sala,
Levaram todo encanto
De minha infância.
( D`Eu )