SAUDADE

(Sócrates Di Lima)

Vontade de algo que nem sei o que pode ser,

Talvez de um dia de saudade.,

De uma doce vontade de querer,

Voar sem medo da realidade.

Saudade de um amor distante,

Que entre as flores de um jardim se esconde.,

Mas, seu perfume é tão insinuante,

Que nunca perde a essência vindo, bem sei de onde.

Saudade de um colo de mãe,

De um abraço de pai.,

Saudade que sempre põe,

Na alma uma leveza que nunca se vai.

Saudade de você que está por ai,

Iluminada pela luz do luar.,

Sendo libertina no amor, e daí...

Brincando com a vida, ensinando a amar.

Saudade dos olhos de vaga-lumes,

De safira ou de mar aberto.,

Sem tristezas e sem queixumes,

Como um poema, por certo.

E do orvalhar que desliza á pétala de uma flor,

Que faz a beleza da madrugada.,

É cântico, um poema de amor,

Que traz sem tempo, o cheiro da minha amada.

É a saudade que me pega nesta noite de inverno,

Que me enche o coração da mais sutil leveza.,

Pois, é saudade boa, ternura e desejo terno,

Que leva para longe, qualquer resquicio de tristeza.

Saudade sem tempo para ir embora,

Que me faz suspirar e deleitar.,

Saudade que jamais ficará do lado de fora,

Por que é esta saudade que me faz sonhar.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 19/07/2009
Reeditado em 31/08/2010
Código do texto: T1708280
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