EU PRECISEI DIZER-TE ADEUS

Eterna noite em nossas vidas
Fria, maldita despedida
Fim do sonho, real  pesadelo
Eu precisei dizer-te adeus

Soltei-me sem querer
Dos braços teus
Que perderam a força
Na tua vida que esvaneceu

Acaso ou destino?
Não saberei dizer...
Agora estou sozinho
Caminhando, peregrino
Vivendo a dor do teu morrer

Sinto-me nu e orfão
Enfermo, sem esperanças
Restou-me a vã a lembrança
De que nossos olhares 
Jamais se cruzarão

Tivera eu de aqui ficar?
Entender... Não me compete
Eu só queria te acompanhar
E findar as minhas preces

O que sobrou? Ah, veja o que sou...
A pilha que me movia se acabou
Sou um relógio parado no tempo
Num canto qualquer, ao relento

Sou um pêndulo desencaixado
Um maquinário enferrujado
Ponteiros loucos, desacertados
Contando o tempo pelo contrário

Fiquei... bebendo o meu fracasso
Sem ao menos poder salvá-lo
A deixá-lo eu fui forçado
Tu és pó... Oh! Meu amado
E eu um´alma triste
Juntando os cacos.















Yara Chima
Enviado por Yara Chima em 17/07/2009
Reeditado em 20/07/2009
Código do texto: T1705228
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