AGENDAS ANTIGAS
De vez em quando me vejo buscando o passado,
Algum sorriso de outrora, ou tristeza para agora.
De vez em quando me pego a vasculhar a vida
Em uma ou outra das tantas agendas antigas
Outro dia achei uma mensagem tua,
Tão antiga quanto antigo está nosso amor saudoso.
Falava de coisas duradouras – e eternais
É certo que nem te lembras mais.
Coisas tão doces me escrevias,
Quanto amargor hoje mora em meu coração.
Logo, esta nova mensagem antiga,
A qual jamais eu lera,
sem sentido se fizera.
Todavia, vivo inconformado ainda...
E tu, já nem lembras mais de mim.
Quantas vezes me fizestes crer na ilusão eterna,
que a solidão não mais podia me alcançar.
Depois tu mesma me jogou no abismo,
Onde a escuridão ainda me encobre.
Em desespero, tento daqui sair,
mas a vida desmorona sobre mim.
Sucumbo ao rigor de vinganças insanas,
Todavia, espero ainda um milagre,
mas não sei por quanto tempo vou suportar a espera.
Wilson do Amaral