AGENDAS ANTIGAS

De vez em quando me vejo buscando o passado,

Algum sorriso de outrora, ou tristeza para agora.

De vez em quando me pego a vasculhar a vida

Em uma ou outra das tantas agendas antigas

Outro dia achei uma mensagem tua,

Tão antiga quanto antigo está nosso amor saudoso.

Falava de coisas duradouras – e eternais

É certo que nem te lembras mais.

Coisas tão doces me escrevias,

Quanto amargor hoje mora em meu coração.

Logo, esta nova mensagem antiga,

A qual jamais eu lera,

sem sentido se fizera.

Todavia, vivo inconformado ainda...

E tu, já nem lembras mais de mim.

Quantas vezes me fizestes crer na ilusão eterna,

que a solidão não mais podia me alcançar.

Depois tu mesma me jogou no abismo,

Onde a escuridão ainda me encobre.

Em desespero, tento daqui sair,

mas a vida desmorona sobre mim.

Sucumbo ao rigor de vinganças insanas,

Todavia, espero ainda um milagre,

mas não sei por quanto tempo vou suportar a espera.

Wilson do Amaral

Wilson do Amaral Escritor
Enviado por Wilson do Amaral Escritor em 06/06/2006
Reeditado em 11/07/2006
Código do texto: T170360