Não demore visitar-me...

A distância de nossos corpos

É sandice do tempo...

Ele acredita

Que podemos sobreviver

A saudade.

Talvez não saiba

Que tudo se rompe

E acaba...

Não sei se na minha fragilidade,

Se o vento me tocar diferente

Se me renego...

Tenho desejo n’alma,

Tenho ardência em minha pele,

Tenho carência no olhar,

Tenho vontade de amar,

Tenho carícias em minhas mãos,

Tenho o suor de meus poros,

Tenho contato com a paixão,

Tenho loucura, fantasia,

Segredos, mistérios

Que me envolvem e me faz

Tão mulher,

Que necessito

Remeter-me

A tudo

Do que sou capaz

De oferecer

Sem contestar.

Vivo, tão logo existo...