ROTINA

As mãos já cansadas

Percorrem o pano num doce afago

E assim

Num dia, dois dias, muitos dias...

Na mesma hora, mesmo ritmo, tempos diferentes.

O grande relógio. lento, pesado

Pronuncia sua horas em calmas batidas.

É tarde!

Teu peito arfa, mas tu não sentes

Teus olhos ardem, mas teus sonhos

Desfilam diante deles como colirio que alivia a dor.

A roupa passada descansa mansinho

Poderia se equiparar a um presente diário

Sempre foi assim!

Ao sabor do tempo

O grande relógio badala

É a única companhia nas horas que passam...

leila Signor
Enviado por leila Signor em 09/07/2009
Reeditado em 27/07/2009
Código do texto: T1690347
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