A MESMA FLOR


Acordei um dia, ainda semi desperto,
olhei ao lado, estava deserto
não encontrou seu corpo, minha mão.
Seu lugar, estava tão frio
não acreditei que estava vazio
mais deserto ficou, meu coração.

Não encontrei, quem aquecia meu leito
senti, o veneno queimando meu peito,
percebi as lágrimas gotejando...
Desapareceu, como a luz do vagalume
só não foi embora o seu perfume,
ficou aqui, talvez também chorando.

Foram longos tempos sem sentir o sono
por nunca ter aceitado esse abandono,
por ser demais angustiante a dor.
Nunca ouve por ela nenhuma espera
sei que a vida é uma eterna primavera
e nunca renovando, a mesma flor.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 08/07/2009
Reeditado em 08/07/2009
Código do texto: T1689008
Classificação de conteúdo: seguro