GOIABEIRA
Olhos arregalados observam
Os galhos pra cá, pra lá...
Visão de baixo sem poder alcançar.
Cada sentimento ultrapassa as possibilidades
É consegui está no balançar
Sentindo a sensação de voar.
Permito-me a segurança de subir
A imaginação busca de mim a transformação
De viver com os pés fora do chão.
Viro um passarinho
Enlaçando com ajuda meu ninho
O lugar com belos frutos que como até cançar
Pulo, canto, danço até se precisar.
Não é tão alto ver agora
Desfiz meu ninho
Mas da corda fiz um balanço,
Seus galhos me deixam voar.
Enfeites naturais dão vida a uma linda árvore de natal
Deu-me tudo que tinha além do normal
Doces, sucos, geladinhos...
Também pássaros a cantar bem cedinho.
Que me fazia levantar
Olhar o céu e vê você
Percebendo mesmo na chuva
Sua cor viva não desbotar.
Despeço-me com saudades dos velhos galhos
Que insiste em colocar ainda
Alguns poucos frutos.
Tronco forte que muitos foram jogados ao chão
Transformou sonhos, deu diversão.
Agora cortada, arrancam as raízes
Resumindo seu resto em fogueira de São João.