Ao alcance do amor!
Nessa distância imensurável,
A saudade, vem ocupar seu lugar.
Sem escrúpulo, se instala silente,
E, do meu coração, não quer sair.
Disfarço, finjo não senti-la...
Mesmo assim, não sai de mim.
Tento outros truques para enganá-la,
Faço piada, busco alegria,
Mas o meu sorriso é tão sem graça,
Meio amarelo, não contagia.
Então, o que faço?
Se a saudade é minha fã
E, se faz dona de minhas noites,
E, nas madrugadas, se faz presente
Ao meu lado, em minha cama?
Fico quieta, tento dormir,
Mas ela insiste: sonha!
E, em meio ao transe,
Desse sonho e realidade,
Revivo, mais uma vez,
Minhas loucuras, meus devaneios...
Desperto, e, sinto-me ainda mais saudosa...
De sua presença - ao alcance de meus olhos,
De suas mãos - tocando meu corpo, dos seus beijos...
Pois, nessa distância, estás somente
Ao alcance do meu amor!