CONTERRÂNEO

Conterrâneo amigo,

Se pudesse lhe falar,

Certamente,

Falaria-lhe da saudade

Que hoje sinto daquele lugar...

Já faz tanto tempo

Que não o contemplo,

Pois, naquele dia,

Em que deixava o meu chão,

Eu sentira a mesma dor

Que hoje sente a araucária

Nas mãos de um lenhador...

Obviamente,

Temos muito em comum;

Nossas almas tropicais;

Mas à terra matriarca,

Eu não a visitei mais...

Felizmente,

Lembro bem dos rouxinóis

O querido bem-te-vi

E o galo na varanda

Que cantavam para nós

Araponga...

Tudo muito natural,

Desde as águas fluviais

Até o campo de lavoura...

Que saudade dos pardais.

(Áurea Nunes)

Aurea de Luz
Enviado por Aurea de Luz em 27/06/2009
Reeditado em 29/07/2009
Código do texto: T1669667
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