PENSAMENTOS
Ocultos, vagantes, sem paradas.
Voam longe, disparam, se acalmam,
Buscam seus sossegos.
Decifrá-los? Impossível, não obedecem comandos.
Muitas vezes tentei entendê-los,
Diante de minhas inquietudes,
Mas se ocultam, buscam seus refúgios,
E vagam, vagam, sem paradas,
Ao sabor das incertezas.
Vacilantes, tentei compreendê-los,
Mas são produtos de memórias,
Algumas vagas, quase perdidas,
Outras, vibrantes, nunca esquecidas.
Misteriosos, se ajuntam, não se dissipam,
Mesmo que queira extirpá-los,
Pois machucam, causam feridas,
Que queria já estivessem curadas.
Ainda assim, procuro cultivá-los,
Juntando restos que teimosos ficaram,
Pois trouxeram alegrias infinitas,
E lembrá-los justificam euforias.
Jairo Valio
20-06-2009